desligaste-te
ao final de uma página
em branco
quando a tua boca
regurgitou
toda a preiamar
foi uma crónica
improvisada
e agora
caminhas
escura pelo bordo de agosto
enquanto
tentas lembrar
como destecer os teus fluídos
de mulher
o verão
já não espera
eu também não
ao teu grito
transparente
sobram
todas as letras
Frantz Ferentz, 2014
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