o Atlântico
entre as tuas pernas
eu
o Tejo
no teu umbigo
evitando toda foz
sempre fiel
às tuas humidades
sonhei
que me sonhavas
e
quando foste embora
o teu último fado
ainda corria nu
pela minha cama
* * *
el Atlántico
entre tus piernas
yo
el Tajo
en tu ombligo
evitando desembocaduras
siempre fiel
a tus humedades
soñé
que me soñabas
y
cuando te fuiste
tu último fado
aún corría desnudo
por mi cama
Frantz Ferentz, 2014
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