apaixonei-me
por uma fadista
sempre nua de preto
a mulher mais triste
de minha vida
com o Tejo cantando
pela sua pele acima
apaixonei-me
por uma fadista
que ao cantar
a noite trazia
rosa preta que chorava
num elétrico qualquer
sem rumo e beijava
apaixonei-me
por ti, fadista, deitada
numa guitarra a sulcar
atlânticos na alma
enquanto gemias
alfamas e estrelas
húmida de noite
por todo o meu corpo
Frantz Ferentz, 2013
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