sexta-feira, março 30, 2012

DE GREVE


de greve
a voz branca
as marés do teu alento
a rua reina de pós

saio a rua
com todos os protestos
na pele
grito inerme e impotente
grito
porque apenas sei gritar
bolhas melancólicas

de greve
a vossa infância
de greve
o branco e o preto das carícias
de greve
a almofada dos meus desalentos

os relógios
não percebem a consciência

© Frantz Ferentz, 2012


Sem comentários: