a tua voz afinal rota
é normal
foi uma noite longa
emoções álcool suspiros confidências
em velhas -talvez invisíveis- caixas de música
amanhece
banhas os pés nas águas da ria
silhueta preta
fado impertinente em aliança com o café
até conseguir repovoar as tuas veias
a indisciplina escorrega-te' pela pele
é então quando te comportas como uma deusa imponente
pronunciando palavras
que ficam
à alva
os faróis tornam sonolentos para casa
e tu
como sempre
à sua espera
Frantz Ferentz, 2015
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