já não preciso ver amahecer. outono lento. pesam os lençóis. onde parou o café, andará de novo namorado? moram espíritos de carne na minha boca. ar fresco pela janela. dois minutos de sábado à manhã.
os pousos do café
são capítulos geológicos
interpretar
interpretá-lo
interpretar-te
interpretar o futuro passado
não quero mudar
o sangue por tinta
e escrever
com o pranto
lembranças, vinde à minha cama. há espaço para todas. vinde, à vontade. vinho não tenho, tendes que vos embebedar de vós próprias. deixai-me livre o cabeceiro, é um trono frustrado, sou um rei sem memórias.
oxalá chovesse agora na alcova.
Frantz Ferentz, 2013
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