domingo, outubro 28, 2012

DIZIAS OUTONO



dizias outono
candente
invisível
insolente
intangível

fora as oliveiras
dançam com suas sombras
e perguntam por ti

nostalgia
de olhos tristes
e de orgulho
de melaço

caminha o outono
pelo relógio até o teu pulso
na procura
de uma esplanada
ao sol tépido
do teu silêncio
na procura
de um café refletido
para partilhar
contigo solidões

dizias outono
arrogante
incisivo
cinzento,
mas não te enganes
tu queres decerto
outono terno

Frantz Ferentz, 2012

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