Dia mundial da poesia, 2011
falar a sério
de tudo
de nada
de carícias que não tivemos
de palavras não lendadas
de percursos corporais indescritíveis
de lágrimas cuspidas
de fantasmas sob os lençois
de rios que deixam pegada
de nós
falar sem lábios
de feitiços
de doces mentiras
de lividos incontestáveis
de sexo anegado
de lençois despovoados
de unhas melancólicas
de cores para a tua voz
de carícias
de tacto
de nós
falar
falar-nos
ser a língua do outro
© Xavier Frías Conde
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