Ao meu pai
nem esperaste mais
pela hora da luz
pois a luz já era
faz tempo
mais do que uma morada de alentos
tu
por enquanto
já tinhas decidido
soprar-me um arco-da-velha
e falar
nessa língua que nunca falaras
e subir
até onde nunca subiras
lembranças da infância
que chegam ao final do princípio
uma mão -a tua-
que nunca cessou
um alento
que sempre flutua
por atrás das pálpebras
nós os dois cúmplices
que resolvemos partilhar
entre as sílabas improvisadas
de filho e pai
e só te digo
até breve
pai
pela hora da luz
pois a luz já era
faz tempo
mais do que uma morada de alentos
tu
por enquanto
já tinhas decidido
soprar-me um arco-da-velha
e falar
nessa língua que nunca falaras
e subir
até onde nunca subiras
lembranças da infância
que chegam ao final do princípio
uma mão -a tua-
que nunca cessou
um alento
que sempre flutua
por atrás das pálpebras
nós os dois cúmplices
que resolvemos partilhar
entre as sílabas improvisadas
de filho e pai
e só te digo
até breve
pai
ni esperaste más
la hora de la luz
pues la luz ya era
desde hace tiempo
más que una morada de alientos
tú
mientras
ya habías decidido
soplarme un arcoíris
y hablar
en esa lengua que nunca hablaste
y subir
donde nunca subiste
recuerdos de infancia
que llegan al final del principio
una mano -la tuya-
que nunca cesó
un aliento
que siempre flota
por detrás de los párpados
nosotros dos cómplices
que decidimos compartir
entre las sílabas improvisadas
de hijo y padre
y solo te digo
hasta pronto
papá
© Frantz Ferentz 27 de agosto de 2020
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