diz-se que a tristeza
percorreu Lisboa
rangendo fados
visível aos olhos dos elétricos
e com voz de mulher quebrada
diz-se que a tristeza
despiu o Moldava
sob a ponte de Carlos
na procura de marujos
que a navegassem
diz-se que a tristeza
murmurando sombras
atacou a almofada
que replicava carícias
ela impotente
caíra duns lábios
os lábios
que de ti à noite falaram
© Frantz Ferentz, 2012
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